Os Vestidos da Madrinha Verônica: ou como a morte aparece no currículo
Ana Angelita Rocha
Veja o Artigo
Resumo
Este artigo parte das histórias e das geografias ancestrais para problematizar a condição fronteiriça como o próprio corpo da mulher, em particular, da concepção de mestiza, de Gloria Anzaldúa, em “Bordlands - la nueva mestiza” (2016). Permito-me insistir na ideia de corpo-território como argumento curricular e questionar a noção de fronteira cultural, já adotada no campo curricular (Macedo, 2006). Inspiro-me especialmente nas reflexões feministas e territoriais (Anzaldúa, 2009, 2016; Haesbaert, 2020) para desenvolver a argumentação do currículo de sangue. Isso porque minha hipótese do corpo-território, ao deslocar a ideia de fronteira cultural, põe no centro o corpo da mestiza como condição fronteiriça para questionar a ferida colonial ainda presente nas nossas ações pedagógicas e nas nossas intenções curriculares de formação docente, sobretudo da professora.
|